Categoria: Entrevista

De dentro para fora… Romario

Hoje no “De dentro para fora” entrevista a Romario

ACG: Romario, obrigado por esta entrevista, vais completar a 3.ª época no AC Gonça és um dos jogadores que acompanhas-te todo o processo de evolução do clube desde a sua reactivação aos dias de hoje, que nos podes dizer destes anos de AC Gonça?

Romario: Sim, de facto, fui um dos que ingressou no AC Gonça logo que este voltou ao activo. Já lá vão três épocas, mas acho que podemos fazer um balanço positivo daquilo que temos vindo a fazer ao longo destes últimos tempos. Na minha opinião, a primeira época do AC Gonça foi a mais complicada, ainda estávamos no início. Foi um recomeço difícil, uma vez que a nossa equipa era inexperiente e todos os nossos adversários já competiam há bastante tempo, já para não falar que alguns dos jogadores que integraram o grupo inicial já não jogavam há bastante tempo como eu, por exemplo. Mas com o tempo e também, com os treinos e o apoio dos nossos adeptos conseguimos melhorar bastante. A segunda época correu muito melhor, conseguimos estabelecer um ritmo de jogo e trabalho mais estável. Habituamo-nos a jogar em equipa e a confiar uns nos outros, mas também começamos a confiar na nossa direcção, que tem feito um bom trabalho a nível interno e tem feito um esforço grande para nos dar todas as condições para praticarmos esta modalidade. Acredito que temos um plantel, com qualidade, sempre tivemos, mas desde a segunda época que estes jogadores se têm evidenciado mais, com jogadores a saírem para outros patamares o que no grupo de trabalho nos deixa bastante satisfeitos. Neste momento estamos numa fase de altos e baixos, mas continuamos a trabalhar para melhorar as nossas capacidades de jogo e evoluir tanto a nível individual como colectivo.

ACG: O que significa para ti representar está instituição?

Romario: É difícil exprimir esse sentimento em palavras. Já representei clubes enormes e sempre me entreguei de corpo e alma, mas jogar pelo AC Gonça é algo especial. Cada jogo é vivido como se fosse o último. Cada vitória é vivida como se fosse a conquista de um campeonato e cada derrota… bem é melhor nem falar nas derrotas, demoro imenso a digerir uma derrota. O AC Gonça faz parte da minha vida, por vezes dá a impressão de que o fim-de-semana nunca mais chega para poder ter aquela sensação de vestir aquela camisola e defender o nosso clube.

ACG: Sendo tu um filho da terra, tens tarefas especiais dentro grupo primeiro a tarefa de receber/acolher bem quem ingressa no nosso clube, depois demonstrar a mística através do exemplo e do compromisso com o clube, sentes que desempenhas bem esse papel?

Romario: Penso que sim. Eu como outros que estão há mais tempo temos essa função. O AC Gonça é um clube onde acolhe vários jovens que estão a iniciar o seu percurso no futebol sénior e cabe aos mais velhos incutir a vontade de vencer sempre. Com isso vem o que referiste na questão, o compromisso a entrega a dedicação a atitude a postura e o mais importante a responsabilidade.

ACG: Aproveitando que falaste em vontade de vencer as vezes da impressão, que os resultados não são os melhores porque parece que falta ambição e vontade/querer vencer a nossa equipa, vencer exige muito sacrifício, na tua opinião houve esse sacrifício em todos os jogos?

Romario: Na minha opinião houve jogos que não foram bem preparados pelos jogadores. Temos muita malta jovem e todos já passamos por essas idades sabemos como é. E claro isso reflecte-se no campo. Por muito que queiras ganhar se não te preparares como deve ser não o vais conseguir. Mas não acho que tenha existido falta de atitude nem minha nem de todos os meus colegas.

ACG: Para terminar expectativas para a próxima época?

Romario: Bem, a expectativa é subir de divisão. Para isso acontecer temos de trabalhar mais, construir um plantel ainda mais forte e torná-lo ainda mais competitivo. É preciso melhorar os pontos menos bons e treinar para sermos ainda melhores. Temos feito um bom trabalho no geral, mas se temos esse objectivo temos de nos mentalizar que temos de trabalhar mais, focar mais e sacrificar mais que todos os nossos adversários, só assim vamos conseguir cumprir esse objectivo. Espero que sejamos capazes de alcançar esse objectivo por nós grupo de trabalho, mas também pelos nossos adeptos que tanto nos apoiam e merecem viver uma festa dessas.

De dentro para fora… Micoli

Hoje no “De dentro para fora” entrevista a Micoli

ACG: Micoli obrigado pelo tempo disponibilizado par esta entrevista, ingressas-te no clube a meio da época passada, podemos dizer que com quase uma época e meia já estás completamente integrado no clube?

Micoli: Claro que sim. Com a facilidade que esta instituição, ou seja, todo o seu grupo de trabalho e a massa associativa integra cada jogador, não poderia dizer o contrário.

ACG: A metade da época passada que fizeste, fez com que fosses um dos destaques da divisão o que levou a que surgissem muitas propostas de equipas de outras divisões quais as razoes para rejeitares todas as propostas e continuares no AC Gonça?

Micoli: Vim para o AC Gonça com o intuito de ajudar a equipa a conseguir a melhor classificação possível, mas a forma como me receberam foi inexplicável jogo após jogo já me sentia “da casa”, o plantel acolheu me de tal forma que parecia que já cá estava a muitos anos, e todos os meus colegas assim como a equipa técnica depositaram em mim muita confiança, mas também o apoio da massa associativa sentida desde o primeiro dia fez de mim um jogador confiante nas minhas capacidades, todos estes factores ajudaram a que me exprimisse em campo e limitasse a fazer o que sabia, é verdade que tive várias propostas de divisões superiores mas o coração foi mais forte e tive que continuar no projecto ao qual me entreguei e entrego de corpo e alma.

ACG: O carinho que a massa associativa do nosso clube sente por ti é notório em todos os jogos, esta época em muitos jogos foste um jogador que fez a diferença só parado muitas vezes em falta, mas o que falhou na tua opinião para que a equipa não conseguisse pelo menos fazer melhor que na época passada?

Micoli: Sim isso é notório e só tenho a agradecer a massa associativa o carinho e a confiança que têm em mim em todos os jogos, mas como eu digo eu não faço a diferença se jogar sozinho os meus companheiros contribuíram para isso em grande parte. O que faltou foi se calhar mais um bocado de experiência somos uma equipa muito jovem, faltou nos um pouco mais de agressividade em cada jogo por que a qualidade está lá disso não tenho dúvida.

ACG: O que achas que falta ao clube para se intrometer na luta pelos primeiros lugares?

Micoli: Poderia dizer um sintético, mas esta equipa mostra que em qualquer tipo de campo sabe jogar, o clube tem todas as condições para lutarmos para os primeiros lugares e sei que estão a trabalhar para melhorar ainda mais tanto as condições para o clube como para os atletas.

ACG: A tua própria família não perde um jogo e nota se a forma apaixonada como te defendem assim como defendem o nosso clube. É caso para dizer o que será da nossa bancada quando uma subida de divisão chegar Micoli?

Micoli: Tal como eu a minha família foi muito bem acolhida pela bancada do ACGonça e agora não faltam a um jogo em casa e ainda foram a alguns jogos fora, sentem-se muito bem e isso faz com que me sinta mais feliz pelo símbolo que tenho ao peito e que represento, acho que uma subida de divisão será a “loucura” se em certos jogos já vemos a bancada cheia e apoiar nos nas vitória e nas derrotas uma subida divisão seria o melhor presente para eles, porque merecem e acho que qualquer jogador que passe pelo ACGonça sente isso e deve isso a nossa massa associativa, arriscaria a dizer que clubes de divisões iguais ou superiores gostariam de ter uma massa associativa como a nossa.

ACG: O clube e o grupo estão completamente enraizados dentro de ti podemos dizer que vai ser difícil algum clube convencer-te a partir?

Micoli: O clube acolheu me no meu primeiro ano de sénior de forma muito carinhosa e disso nunca me poderei esquecer tal como ao grupo que somos uma verdadeira família pois dispensamos de muita coisa para estarmos juntos e trabalharmos para o bem do clube, quanto ao partir só vou pensar nisso no final da época porque ainda faltam dois jogos e temos que os vencer mas certamente que o meu pensamento será continuar no AC Gonça.

ACG: Para terminar Micoli em jeito de provocação, como podes ter feito tantos golos de cabeça como com o pé?

Micoli: (risos) é verdade se calhar por adversário me subestimar por causa da altura, mas de cabeça raramente perdoo já com o pé não posso dizer o mesmo (risos).

De dentro para fora… Bruno Melo

Hoje no “De dentro para fora” entrevista a Bruno Melo

ACG: Melo obrigado desde já pelo tempo disponibilizado para esta entrevista, o que nos podes dizer sobre a tua adaptação ao clube?

Bruno Melo: Adaptação ao clube acabou por ser positiva, já conhecia parte do plantel e isso ajudou a que a integração no grupo fosse mais rápida, fui bem recebido por todos e facilmente percebi as normas e o que era o AC Gonça.

ACG: E o que nos podes dizer sobre o clube?

Bruno Melo: É um clube muito diferente dos outros! É um clube muito acolhedor, com uma massa associativa que hoje em dia pouco se vê em divisões superiores e com uma grande mentalidade de defender a terra, o seu povo e a sua história.

ACG: A época é que não correu conforme as expectativas, o que na tua opinião falhou?

Bruno Melo: Sim foi uma época que ficou a quem das expectativas tanto a nível coletivo como a nível pessoal. Esperava ter conseguido ajudar mais a equipa o que acabou por não acontecer. A nível coletivo faltou nos ser uma equipa com exibições mais regulares e com um bocado mais de ambição de ganhar. Acho que havendo um bocado mais de experiência na equipa também teria ajudado visto que éramos uma equipa muito jovem. A sorte também nem sempre esteve do nosso lado, mas isso faz parte do futebol.

ACG: Sim é um facto que o plantel tinha muita gente primeiro e segundo ano de sénior ainda com poucos minutos efetuados nos seniores, mas como no teu caso esses minutos de jogo serviram para crescer como jogador não achas?

Bruno Melo: Claro que sim, acaba sempre por me ajudar a crescer como jogador. Uma nova experiência num campeonato um bocado diferente onde joguei no meu primeiro ano de sénior. Mas agora que estamos a terminar esta época sinto que consegui evoluir bastante, apesar de não ter conseguido ajudar como prendia.

ACG: Achas que mesmo não tendo um campo com relvado sintético é possível o ACGonça lutar por uma subida de divisão?

Bruno Melo: Sim, claro que é possível, o facto de o campo não ser relvado sintético pode não ajudar muito, mas não torna esse objetivo impossível, se for um plantel ambicioso e com uma mentalidade vencedora esse objetivo é possível de concretizar.

ACG: E quais são os teus objetivos pessoais para a próxima época?

Bruno Melo: Tenho sempre como objetivo tentar ajudar ao máximo o clube que represento, esse é sempre o meu principal objetivo se possível com muitos golos. Porém vou procurar dar continuidade a minha evolução como jogador.

ACG: E a tua evolução vai continuar a ser de azul e branco?

Bruno Melo: Isso é uma coisa que não depende só de mim, mas, sim gostava de poder continuar de azul e branco.

De dentro para fora… Marcelo

Hoje no “De dentro para fora” entrevista a Marcelo.

ACG: Marcelo agradecemos-te o tempo disponibilizado para esta entrevista, vamos começar pelo teu processo de entrada no clube, houve algumas reticências de tua parte até decidires representar o clube, reconheces que foi difícil convencer-te?

Marcelo: Desde já quero agradecer o convite para fazer esta entrevista. Digamos que foi um bocado difícil, porque como toda a gente sabe não é nada fácil jogar num campo que tem umas certas características como o nosso, mas sendo eu um “filho da terra ” não poderia rejeitar o convite, e é com muito orgulho que represento esta enorme instituição.

ACG: Em algum momento no desenrolar da época te arrependes te dessa decisão?

Marcelo: Nunca, houve fases más como por exemplo a primeira metade da época não ter corrido como nós desejávamos, mas também houveram muitas fases boas, como por exemplo conhecer um grande grupo de trabalho, em que somos todos unidos e procuramos sempre o melhor uns dos outros, e acho que esta decisão que tomei fez-me crescer bastante como jogador mas principalmente como pessoa.

ACG: Foi uma primeira volta bastante má que nos afastou de estar a lutar neste momento pelos lugares da frente, mas fica a sensação com a atual constituição do plantel podemos bater qualquer adversário não achas?

Marcelo: Sim, sem dúvida que temos equipa para bater qualquer equipa da nossa divisão e até equipas de divisões superiores, já o demonstramos em campo. Temos uma equipa humilde, trabalhadora e com muita qualidade, o que não é fácil encontrar nestas divisões, e por isso mesmo acho que fica o sentimento de revolta por não estarmos nos lugares cimeiros.

ACG: Falando agora em termos individuais, tu como toda a equipa tiveram uma grande mudança a nível de compromisso a partir de determinado momento da época, mas dois castigos seguidos retiraram-te 5 jogos, mas regressas forte outra vez, concordas?

Marcelo: Sim, foram duas atitudes infelizes que tive e as duas foram bem sancionadas na minha opinião. Eu vivo muito o futebol, não gosto nada de perder, e acho que isso por um lado é mau, porque me torno muito impulsivo, mas isso também é fruto de alguma imaturidade e estou aqui para aprender com os meus erros e não voltar a cometê-los.

ACG: Estando tu ainda numa fase de maturação visto que é somente a tua segunda época como sénior, os minutos e a responsabilidade que em ti é depositada de seres o líder da linha defensiva deve estar a fazer com que cresças mais rápido enquanto jogador sentes isso?

Marcelo: Sim, este ano estou a aprender bastante, estou com uma maneira de ver e jogar futebol muito diferente das outras épocas, isto porque sinto que a equipa técnica e os meus colegas depositam muita confiança em mim e no meu trabalho a coordenar a defesa. No meu ver tenho uma personalidade forte, gosto de ter a função de mandar e orientar a defesa o que não é um trabalho fácil, porque quem normalmente ganha os jogos é quem comete menos erros, e nós na defesa somos os últimos membros de uma equipa e temos de ter sempre muito concentrados é uma grande responsabilidade.

ACG: Na última época houve jogadores que se evidenciaram e saíram ou deram o salto para clubes da Pro Nacional, sentes que o AC Gonça potencializa e projecta bem os seus jogadores?

Marcelo: Penso que sim, mas como tudo na vida temos de trabalhar, ser humildes e bastante persistentes no nosso sonho, porque por vezes o futebol é ingrato, e nós temos de ser fortes psicologicamente para não desistir, é como um “velho sábio ” diz, às vezes mais vale dar um passo atrás para depois podermos dar dois passos à frente, e eu tenho essa frase bem ciente na minha cabeça, o AC Gonça está a ser um bom clube para eu me afirmar e ganhar de novo confiança em mim próprio.

ACG: Olhando que na época passada representaste um clube de uma divisão superior um clube num contexto diferente e com melhores condições, neste momento, que o AC Gonça, mesmo assim o que podes apontar de positivo no nosso clube?

Marcelo: São clubes muito diferentes, o que difere muito o AC Gonça das outras equipas é sem dúvida a massa associativa. Eles são incomparáveis, eles estão sempre ao nosso lado e independentemente do resultado eles nunca nos abandonam e isso dá-nos mais vontade e garra para ganharmos o máximo de jogos possível para os fazermos os nossos adeptos felizes, é realmente diferente de todas as outras, faz-se sentir em todos os jogos quer em casa como fora.

ACG: Para terminar Marcelo, caso tivesses de convencer alguém para representar o nosso clube, esse era o único ponto positivo que referias?

Marcelo: Não, podemos não ter um campo sintético e até podemos jogar na 1°divisão, mas é um clube muito bem organizado, e um clube em que as pessoas que estão envolvidas (direção) sempre nos apoiam e não nos deixem que falte nada, fazem tudo na medida que podem para termos o máximo de condições possíveis, o grupo (equipa) é muito bom e integra os novos jogadores muito rápido, digamos que no fim até se acaba por formar mesmo uma família.

De dentro para fora… André

André Castro (nosso velhote)

ACG: André, agradecemos-te desde já toda a tua dedicação ao clube e o tempo disponibilizado para esta pequena entrevista.

ACG: Depois de tantos anos a representar um clube vizinho decidiste abraçar um novo projecto, arrependes-te dessa decisão?

André: Claro que não. É verdade que depois de vários anos a servir o mesmo clube e como se sabe existe uma grande rivalidade, a mudança seria sempre uma incógnita. Mas a maneira como fui recebido, a forma como o ACGONÇA trata todos os seus atletas, encaro como a melhor decisão que tomei.

ACG: Sendo o atleta mais veterano do plantel tendo o ACGonça, um plantel muito jovem com muitos ex juniores, tens um papel importante dentro do grupo, como sentes que desempenhas te esse papel?

André: Sendo o mais velho sabia que tinha uma responsabilidade maior, tento sempre transmitir alguma experiência adquirida ao longo dos anos. No entanto a minha tarefa foi sempre facilitada pois está equipa, embora muito jovem, com muita vontade de aprender e sempre respeitaram hierarquias. A sensação que fica é que podemos sempre fazer mais mas no geral parece me que o meu papel tem sido bem desempenhado.

ACG: E em relação à presente época, depois de na época passada ter acabado em 6° lugar e atendendo que o objectivo passava por fazer melhor do que na época passada, para ti o que falhou?

André: Penso que o que falhou foi sermos uma equipa inconstante. Não qualifico a época passada como totalmente boa porque com o plantel que tínhamos e com um pouco mais de sorte nos jogos que perdemos, certamente estávamos a lutar pela subida. Este ano esta equipa, a meu ver, consegue ser mais equilibrada que no ano passado, onde temos mais soluções para cada setor, mas para tudo é preciso tempo para que os jogadores que entraram de novo consigam assimilar as ideias do treinador e isso prejudicou nos um pouco. A nossa primeira volta do campeonato foi muito má e isso reflete-se na nossa qualificação atual. Agora resta honrar a camisola até ao fim, conquistar todos os pontos e acabar a época da melhor maneira possível.

ACG: A direcção tem feito um esforço para melhorar as condições dos nossos atletas, mas com as condições atuais torna se difícil melhor mais, falta o tapete verde, achas que é possível lutar por algo mais, nesta divisão, sem o tapete verde ou é um aspeto fundamental?

André: Esta equipa já demonstrou que na maioria dos jogos consegue praticar muito bom futebol em qualquer tipo de campo, mas sem dúvida que é diferente jogar em pelado ou jogar em sintético. Sei que a direcção está a fazer um enorme esforço para no futuro próximo o nosso campo possa ter o tão desejado sintético, novos balneários, todas as condições necessárias para atrair mais jovens com qualidade, melhores resultados desportivos e se possível títulos pois este clube e os adeptos já merecem.

ACG: Por falar em adeptos o que tens a dizer sobre eles?

André: Os nosso adeptos são de verdade o melhor que o clube tem. Todas as palestras todas as nossas vitórias são sempre dedicadas a eles. É impressionante o apoio que nos dão tanto em casa como nas nossas deslocações fora, estão sempre presentes o que nos faz pensar que em qualquer campo estamos a jogar em casa. Comento muitas vezes se eles são assim com a equipa no meio da tabela imagino como seria se tivéssemos a lutar pelo primeiro lugar. Espero que esse dia chegue e que o ACGonça consiga ser campeão para dedicar a todos os nossos adeptos. Também são bons na crítica, o que é normal quando as coisas não correm bem, mas são muito melhores no apoio que nos dão ao longo de toda a época. Obrigado por nunca deixarem de nos apoiar.

ACG: Muitas vezes André quem está por fora, refiro me neste caso a massa associativa, não entendem do que abdica um jogador para representar o clube, o ambiente que se vive no seio do grupo é fundamental para esquecer todos os sacrifícios, como classificas o ambiente dentro do grupo de trabalho?

André: Somos uma verdadeira família. Nesse aspeto posso garantir que sempre senti uma enorme união e espírito de sacrifício de todos, criei muitas amizades aqui que quero levar para o longo da vida. Assim torna-se mais fácil e da vontade de treinar, abdicar de sábados e domingos para jogar, porque acima de tudo o convívio e a amizade é o que considero mais importante.

ACG: Com tantos anos de experiência, achas que este clube tem alguma coisa que o torna diferente de todos os outros que representas-te ou defrontas-te?

André: Como referido anteriormente o ACGonça, embora jogando na última divisão distrital, tem vários aspetos diferentes e importantes para quem gosta de futebol. Tem os melhores adeptos e acima de tudo a forma com trata as pessoas, principalmente quem não pertence à freguesia. No ano passado principalmente, o clube teve vários jogadores que se transferiram para divisões superiores, chegando até a pro nacional, o que demonstra que realmente se faz um grande trabalho no desenvolvimento e crescimento dos atletas, o que certamente enche de orgulho todos os que fazem parte do clube. E sem dúvida uma excelente montra para os mais jovens e para quem quer seguir uma carreira no futebol.

ACG: Para terminar André o que perspectivas para a próxima época, ainda sentes forças para fazer outro ano?

André: Independentemente de continuar ou não vou ficar para sempre ligado a este clube, assumindo certamente outro tipo de funções …De adepto do ACGonça. Aproveito para agradecer todo o carinho que recebi de toda a gente sem excepção. É uma honra representar este clube.UMA VEZ GONÇA, GONÇA PARA SEMPRE.

De dentro para fora… Calicas

Estreamos hoje uma nova rubrica no nosso site, “De dentro para fora…”, de entrevista a elementos da nossa equipa.

Nada como começar pelo nosso capitão, Carlos Miguel, mais conhecido no mundo do futebol por Calicas.

ACG: Calicas, agradecemos-te desde já toda a tua dedicação ao clube e o tempo disponibilizado para esta pequena entrevista.

ACG: Qual o sentimento de ter a grande responsabilidade de ser capitão de equipa do nosso AC Gonça?

Calicas: O sentimento é bom, a responsabilidade é muita porque acho que tenho bastante a aprender, mas sei que cresci muito com esta responsabilidade. Sinto que podia ter feito um bocadinho mais como capitão. Acreditaram em mim para assumir este encargo e penso que deixei um pouco a desejar tanto como capitão como jogador. Contudo tento sempre dar o melhor de mim, e todos os dias procuro e irei sempre procurar evoluir e crescer como jogador e como pessoa. 

ACG: Como foi a tua adaptação ao nosso clube e como foste recebido pelo povo de Gonça? 

Calicas: A adaptação foi muito boa, além de conhecer bastantes pessoas de Gonça, o clube e as pessoas da terra são incríveis, são bastante acolhedoras, fazem com que qualquer um de nós se sinta em casa, como se tivéssemos nascido na freguesia. Incríveis é o melhor adjectivo que tenho para caracterizar toda a gente que rodeia este clube. 

ACG: Sentes que está época correu como o esperado ou que se podia ter feito algo mais, estar ate neste momento a lutar por algo mais neste campeonato?

Calicas: Sinceramente não correu como tinha expectado. Acho que temos muita qualidade no nosso plantel, jogadores jovens, com vontade e com futuro para até jogarem em divisões superiores. E sim, acho que devíamos estar a lutar por uma subida de divisão, como disse, o nosso plantel tem muita qualidade e tem de lutar sempre por lugares cimeiros.

ACG: O que faltou para as coisas terem corrido melhor, houve alguém responsável na tua opinião?

Calicas: Não há responsáveis pelas coisas correrem mal. Nós somos todo um só, e se há um responsável por não termos conseguido mais deve se ao grupo todo, deve-se a esta família, que acordou tarde de mais para a realidade, principalmente na primeira volta, correu muito mal. 

ACG: E agora as expectativas para este final de época visto que faltam só 4 jogos para a época terminar?

Calicas: As expectativas para este final de época é conseguirmos alcançar o máximo de pontos, porque pouco podemos fazer nesta recta final do campeonato. Cabe nos dar o máximo de alegria aos nossos adeptos com bom futebol e golos. Desde sempre, nos bons e maus momentos sempre sentimos o apoio nas bancadas, por isso iremos trabalhar até ao fim para lhes proporcionar o melhor espectáculo possível. 

ACG: E em relação a próxima época tens o objectivo de conhecer outras realidades, ou sentes que a tua história aqui no nosso clube ainda não acabou, se falta conquistar algo bonito com estas cores?

Calicas: Sinceramente ainda estou divido do que quero fazer para a próxima época. Talvez conhecer outra realidade, não sei, isso só o tempo o dirá! Sinto que se sair daqui vou um pouco amargurado por não conseguir algo bonito e que falta a este grande clube AC Gonça. Gostava de um dia dizer que consegui uma grande conquista com esta grande instituição, mas quem sabe, o sonho só acaba quando não podemos fazer mais, mas para o ano independentemente do que acontecer desejo que este grande clube, esta grande família consiga o mais desejado por todos estes adeptos e por este Grande clube.

AGG: Como já percebes-te as gentes de Gonça são muito bairristas qual a opinião em relação aos adeptos do AC Gonça?

Calicas: Bairristas? Sim sem dúvida que é a melhor palavra para descrever os nossos adeptos. Este clube não era nada sem os adeptos que tem, eles fazem quilómetros para poder ver os jogos semana após semana, não nos abandonam, eles amam muito clube, eles sentem a dor de uma derrota por vezes mais que nós próprios jogadores, eles não falham a um jogo faça chuva faça sol. Se há alguém que merece o nosso louvor, a nossa gratidão são sem dúvida o nosso adepto, porque, como já tinha referido, eles estão sempre lá para o bem e para o mal! Nunca senti um carinho tão grande como sinto enquanto jogador do AC Gonça, eles vivem/respiram AC Gonça! Quero deixar desde já, e aproveitando esta oportunidade de falar directamente aos adeptos e toda a família AC Gonça o meu mais sincero obrigado por me terem recebido com tanto carinho, como se toda a vida fosse um filho da casa! Uma vez AC Gonça toda a vida AC Gonça

Entrevista do Presidente ao “Futebol Distrital – Página Vimaranense”

Entrevista do Presidente do AC Gonça para a página de Facebook “Futebol Distrital – Página Vimaranense”.

“Como sempre às quartas-feiras convidamos uma personalidade do desporto vimaranense. Esta semana o convidado é Francisco Costa e Silva, presidente do Atlético Clube de Gonça.
Depois de 12 anos como presidente da junta de Gonça, Francisco Costa e Silva encontrou outra forma de fazer aquilo que gosta, servir a terra que o viu nascer.

Francisco Costa e Silva (Presidente A.C. Gonça)
“COMO EM TUDO NA VIDA, NÃO GOSTO DE PERDER”

1 – Quais são os principais objectivos da direcção do Atlético Clube de Gonça neste momento? Tanto no capítulo desportivo mas também no capítulo estrutural.

No capitulo desportivo é o “jogo a jogo” e no final obter a melhor classificação possível. Tanto o Vice-Presidente para a área desportiva Bruno Fernandes, como o Treinador Nuno Gonça, sabem que esta direção não impôs qualquer classificação. Agora também deixe-me dizer-lhe, como em tudo na vida não gosto de perder, aceito a derrota mas não gosto de conviver com ela…
No capitulo estrutural, como sabe estamos a trabalhar para a recuperação do complexo desportivo do Campo Água das Cabras. Os balneários estão num estado lastimável (parte em vias de derrocada) e a necessidade de relvar, é fundamental. Vamos ver o que acontece na próxima época (2018 / 2019)…

2- O Gonça disputa os campeonatos distritais, contudo o clube é conhecido por ter uma massa adepta que vibra muito com a equipa. No seu entender qual é a explicação para que em Gonça se sinta o futebol de uma maneira ‘fervorosa’?

Há coisas que não têm explicação ou então são difíceis de explicar… Sabe que o futebol é um desporto de massas e de sentimentos. A população de Gonça tem um sentimento muito bairrista, de pertença, de luta, de união, talvez a explicação seja por aí…

3- Até ao momento está contente com a prestação da equipa no campeonato?

Quando me convidaram para assumir a direção do A. C. Gonça eu tinha e tenho uma grande dificuldade que é a falta de tempo. Para colmatar essa minha falta de tempo, tinha a necessidade de ter uma direção muito abrangente e unida que me ajudasse. Na parte desportiva que julgo ser a mais difícil de um clube, precisava de alguém tivesse esse tempo e que vivesse de uma forma “diferente” o A. C. Gonça e por isso convidei o Bruno Fernandes. Ele fez a melhor escolha no Treinador que é o Nuno Gonça. Desde logo pelo nome (sorrisos) e depois pela capacidade de organizar e dirigir uma equipa de futebol. O Nuno está neste momento a fazer a formação de Treinadores, pois só o ano passado deixou de ser jogador de futebol, mas eu não tenho a menor dúvida que daqui a uns anos, ainda vamos ouvir falar muito neste treinador (não me costumo enganar). Por isso e respondendo à sua pergunta, não podia estar mais contente com esta equipa, pois vejo uma equipa unida e com muitos bons jogadores. Faço aqui o meu agradecimento a estes jogadores que aceitaram vir jogar, para um clube que não tem o campo relvado. Tenho a certeza que muitos deles, receberam convites para jogar em clubes com campos relvados e com outras condições. No futuro farei tudo o que poder por este treinador e por estes jogadores, não me esquecerei deles…

4- Quais são as dificuldades que encontra no dia a dia na gestão do Atlético Clube de Gonça?

A minha maior dificuldade é a parte económica. Gerir um clube com as cotas dos sócios é uma tarefa impossível, teremos sempre de ter patrocinadores e mecenas. Como sabe as empresas passam ainda dias difíceis e por isso contraem-se muito. É preciso ser muito persistente para conseguir patrocinadores para o futebol. O resto tudo se torna fácil, pois tenho um grupo de amigos na direção com uma capacidade de interajuda e de colaboração muito grande. É lógico que terá de haver sempre alguém que coordena, mas com a ajuda de todos, as coisas resolvem-se. Com esta Direção, tudo se torna mais fácil.

5- Sendo um ‘filho da terra’, em que campeonato gostaria de ver o Gonça?

Eu gostaria de ver o Gonça a jugar na 1º liga, mas sabendo eu dessa impossibilidade o que eu quero é que os nossos jovens pratiquem desporto, tenham uma vida saudável, sejam felizes o resto vem por acréscimo e no meio disto tudo, se possível ganhem o jogo seguinte.”